A fome era grande - não comera direito na véspera- então não esperou muito para se servir. Esperava poder encher a barriga se entupindo com qualquer prato servido no buffet. Surpreende-se com a variedades de legumes refogados, ao azeite, grelhados e uma infinidade de frios e pratos quentes. Nada extraordinário se não fosse pelo fato de todas as comidas causarem atração. Por causa disso, torna-se obrigatório retornar a mesa sem ter explorado mais do que um terço da comida disponível.
O prato, debaixo da montanha de comida, fez-se perdido na infinidade de cores e cheiros que enchem os olhos e narinas de uma embriaguez absurda, tornando difícil esconder o sorriso. A vontade de comer em uma única garfada, só evidencia a dúvida que paira no ar: "Por onde começo?". Some aos poucos a abobrinha grelhada, o parma, a berinjela, o risoto, os redondos (tomates e queijinhos), os retangulares (sashimis), os compridos, curtos, e tantos outros de todas as formas e texturas dentro do minúsculo prato(?!) em que se encontravam.
Retorna ao buffet com a expectativa potencializada pela experiência anterior. Novo montante que, desta vez, incluem carpaccios variados, mix de cogumelos e uma série de verduras que converteria facilmente qualquer carnívoro convicto a simpatizar com essas folhas! A diversidade de molhos de ervas, tradicionais e misturas incomuns, prontos para serem degustados, faz com que o prato pareça mais uma sopa.
Outra montanha some do mapa. Culpa do ser humano, impetuoso e seduzido pelas suas riquezas! Mas ele - talvez - tem o seu limite. A vontade de comer mais se esbarra nas dimensões do estômago. A cabeça se perde nas idéias enquanto saboreia cada bocado. Mais uma expedição, desta vez em direção às massas e carnes, retorna bem sucedida. Carne suculenta e macia, derretem na boca, tornando quase impossível manter os modos e não usar os dentes para separar as proteínas dos ossos. As massas banhadas pelo molho branco, saboroso e consistente, tiram todas as dúvidas sobre sua saciedade.
Respira-se, com dificuldade, fadigado pelo enorme esforço consumido. Ainda busca repetir pequenos bocados e curtir mais um pouco. Acabam-se as investidas, os movimentos. A boca, antes afogada pela saliva abundante, agora se recupera de uma ressaca de sabores. É preciso levantar e entregar o território. Mas não antes de gravar na cabeça a rota, para que, em um futuro próximo, a aventura se repita.
Mas isso é uma orgia alimentar! huahauhauah Ah, o dilema do onívoro, como diria Michael Pollan acompanhado por Claude Fischler...
ResponderExcluirhahaha! demais kelvin, epopeia gastronomica
ResponderExcluirnossa esse me lembrou alguns rodízios hein
ResponderExcluirto com fome agora
UHAUhauHAUhauhU
fanta