segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O trem.

   Portas se abrem. Portas se fecham. Uma manada de figuras se amontoam rumo ao seu destino. Um barrigudo bigodudo balanceia no ritmo do trem e fazendo outros dançar no seu.  O celular toca. "Alô? Oi, tudo bem? tudo também. O que me conta?". Erro. O que você nos conta? Ouvidos atentos escutavam a nova fofoca; o negócio fechado; o papo pro ar. Sem culpa.
   Calor. E que calor! Suor, escorrendo, molhando seu corpo e suas roupas. O ar viciado nos deixam doidões; loucos por uma brisa. Briga pra se meter na corrente que nos alivia e reconforta. A composição ganha contornos insalubres para a vida humana. Os toques, as respirações despropositais que nos envolvem se intensificam a medida que a composição se move. Um jovem, distraído com fones e  nas suas músicas altas, pouco se importava com o suor contornando seu rosto.
   Portas se abrem. Portas se fecham. Mais pessoas nessa lata; nesse forno. De repente, uma bela mulher entra. Ah, calor! E que calor! Olhares até então perdidos passam a se concentrar nela. Ogros, empresários e tolos; todos bobos. Senhoras, moças e namoradas; ai, que exibida. Subitamente, freios acionados e problemas anunciados. Resmungos e caretas aparecem nos passageiros. Aos bem humorados, sorrisos e uma reclamaçãozinha para a pessoa do lado e a cena continua.
   A paisagem muda, os pensamentos voam. Caras tristes e felizes se misturam. Não se sabe se estão indo ou voltando. Louras, negras, brancos e morenos. A trabalho ou a passeio. De longe ou de perto. Vão demorar ou não. A grande massa se move rumo ao seu destino, dispersos; distantes. Portas se abrem. Portas se fecham.
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A batalha.

 
   De um singelo sinal, se esboça em seu consciente inúmeras dúvidas. "Mas, será?"; "Tem jeito?".  Quando percebemos, já estamos presos em sua grandiosa e infalível armadilha. Lutamos bravamente relutante às suas imposições, mas independentemente das circunstâncias ficamos alheio às suas ordens, como marionetes manipuladas. Tentamos entender, compreender suas razões, seus argumentos, mas torna se uma árdua tarefa dar um simples passo nesse campo de guerra.
   Em um segundo momento, o invencível inimigo ganha contornos mais definidos, intensos. Armas à postos, cautela e atenção para seus movimentos que já não mais lhe ameaçam, mas confundem, nos acuando do jeito que a natureza impôs quando encaramos o misterioso. Queremos apreender a cada instante, os seus mínimos detalhes.
   No ato final, paz. Permitiu-se que as ações perdessem seu sentido e que a serenidade tomassem conta de si. A luta, as disputas, foram meramente complicações para uma batalha vencida. E afinal, foi tão difícil perceber que seu adversário somente queria seu bem?


  Feliz dia de São Valentim (Atrasado!).

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uma partida de futebol.

Uma memória.

  Arrancabaço x Opus 6

  Hoje, 15/08/2010, às 10h da manhã, o time da República Arrancabaço defendeu suas cores em mais uma partida válida para a
 1º rodada do campeonato Inter-REP de Guará. Cerca de 57 torcedores vieram prestigiar os times esperando altas emoções.


  O jogo:
 
  E vão saindo do vestiário a equipe da Arrancabaço! Saem em fileira vibrando, Shoijinho; Macaulin, Samsung; Paraíso, Manjuba; e o reserva Caverna.
  A partida começou bem movimentada com ambos os time errando todos os passes. Devido à falta de qualidade técnica e de
reservas no banco, A Rep. Arrancabaço concentrou suas jogadas nos contra-ataques e lançamentos diretos para a nossa
referência de área, o Manjuba. A Opus 6 pressionava e, valentemente, a Arranca se defendia como podia, com direito a furadas
para cada defensor no primeiro tempo.

  Sete minutos de jogo e era visível a má forma física dos jogadores. O goleiro Enxerto executava milagres, bem como todos
os jogadores da linha. Em um lance de sorte, o ala da Opus 6 colocou a bola no cantinho do gol sem chances para o goleiro.
A pressão do adversário continuou e o resultado ficou pior para a Arrancabaço. 2x0.

  Cansado, Samsung sai de cena para dar lugar ao grande Caverna. Em seu primeiro lance na sua área, ele cortou o marcador
deixando-o desconcertado. Enquanto o resto do time e a torcida gritavam para ele tocar, o Caverna esperou o marcador se recompor
para cortá-lo novamente, deixando todos surpresos com tal lance. Inesperadamente ele faez o lançamento perfeito para Manjuba,
que com sua ginga, gira sobre a sua marcação e chuta cruzado marcando o tento, levando a torcida à euforia.

  Em lances ocasionais, os contra-ataques da Arranca surgem efeito. Manjuba, pela esquerda avança rapidamente e chuta cruzado.
O goleiro defende e a bola bate no travessão. Quando todos lamentam o lance, surge uma nova chance. Samsung acompanha a
jogada e, com a bola no ar, tenta um voleio. A falta de qualidade técnica, entretanto, o impediu de concluir o lance.
Macaulin, até então cubrindo a defesa, se arriscou no ataque. Em outro lance pela esquerda, ele saiu sozinho e chutou um petardo
sem chances para o goleiro. O dia não estava bom para nós e a bola bate na quina direita do arqueiro e vai pra fora para
desespero da torcida.
 
 A Opus 6 pede tempo técnico, desnorteada com o lance. Paraíso com suas palavras acredita na vitória e motiva a todos.
 Voltando à partida, Um fatal contra-ataque da Opus 6 deixou o placar mais elástico. O primeiro tempo termina sem mais emoções.

  O segundo tempo a República Arrancabaço volta melhor e não cede para o adversário, marcando em meio campo, individualmente e do jeito
que dava. A zaga finalmente se acertara. Conseguiram marcar bem, mas não tocar. A pressão da Opus 6 e o cansaço dos jogadores
impediam que o jogo ganhasse emoção. Por dez minutos o placar se manteve. Até que em um lance de contra-ataque, a Opus novamente
marcou. Paraíso e Manjuba tentavam como podiam dominar a bola no ataque e chutar.

  Esgotados, a defesa novamente deu espaço para os adversários concluírem para o gol. 5x1. Parada técnica. Enquanto recupe-
ravam folêgo, Paraíso insistia que dava para a Arrancabaço. Voltando para o jogo, o time manteve a sua postura, lutando como
pôde. O time mostrava raça aonde não tinha técnica e o goleiro executando várias defesas à queima roupa.

  Quando a torcida já achava que a Arrancabaço iria tomar mais uma sacolada, o inesperado acontece. O Goleiro (enxerto) Shoijinho
pega a bola e chuta com força e a bola viaja o campo inteiro e entra no ângulo do gol adversário. A torcida e o time se
exaltam diante do belo lance. Sob gritos de 'gol de goleiro vale por dois', O time passa a pressionar o que não pressionou
no jogo todo. Mas o placar se manteve. Final: Arrancabaço 2 x 5 Opus 6.

    

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Faculdade.

  Agora é que a sua vida começa. Se você pensa que fazer a faculdade e ir para as festas ficar louco já é motivo de orgulho, está enganado. Ser um universitário é além de simplesmente estudar ou ir encher a cara nas festas.
   Um autêntico universitário fica bêbado e 'causa' em todas as ocasiões, sejam festas, rolês; Responde a chamada e sai pra um churrasco em alguma república; Mata a aula pra jogar video-game ou pra ficar assistindo TV; Deixa pra última hora trabalhos que valem a nota do semestre; Ri de episódios engraçados envolvendo alunos e contribui com um capítulo próprio; Canta as músicas da facul numa cervejada até o vizinho reclamar do barulho; Vibra junto com o seu time a cada gol que consegue fazer; Pega as mulheres (ou homens) mais feias sem titubear; Abraça a faculdade e todas as circunstâncias envolvidas com força (a faculdade nem tanto!) e amor.
     Você pode escolher fazer tudo isso. Também pode optar por fazer nenhuma delas. Cabe a você decidir o que você quer. Faça da sua vida universitária uma história legal de ser contada.

  P.s: É somente uma pequena adaptação de um texto MEU (seus invejosos! ashudaeah)! Para outros, substitua universitário por feguiano

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Semeios!

   Um pensamento viaja pela imaginação, obtendo diferentes expressões, manifestando as mais diversas sensações de acordo com o seu dono. Numa confusão, frenética e irracional, ela brinca com sua cabeça, como se fossem as bolhas que as crianças tentam alcançar. Bolhas essas que explodem e perdem seu conteúdo, sua forma, e terminam como, somente, uma distração. Vazias, desconexas como parte de um quebra-cabeça, se permite criar seu contorno à vontade de seu querer.
   Como um antigo professor citara, as idéias são como janelas sendo abertas, uma seguida da outra, até se perder da origem, em uma digressão infinita. Permite-se ir, voltar, virar, girar ou qualquer ar, sem medo de erros, pois cada traçado é único, incopiável. Sem meios de explicar esse desvaneio!