sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Castelo

   Quando pequeno, ganhei um castelo. Era o dobro da minha altura, mas o achava enorme. O explorei como se fosse dono de uma casa nova. Descubria cada detalhes que tinha, cada segredos dele. Ele tinha uma torre que me permitia avistar o inimigo e, realmente, se não fosse por ele, jamais manteria o domínio do lugar! Muitas batalhas foram travadas por lá. Muitas vitórias conquistadas, mas tantas outras derrotas que nos obrigaram a fugir do castelo pela pequena passagem secreta que tinha! Às vezes as lutas eram tão árduas e extensas que nem fugir era possível. Arrumava-se um pequeno espaço e ali repousavam os bravos guerreiros que protegiam a fortaleza.
   Com o tempo, a edificação foi evoluindo. A tal torre já não era lugar onde atiravam flechas flamejantes. Agora, com a ajuda de um cabo de vassoura apoiada em seu muro, criou-se a metralhadora. Foram surgindo dinossauros e criaturas cujas alturas eram incalculáveis. Desprotegido por cima, o castelo, por meio da imaginação e um colchão abandonado, ganhava um teto! A escuridão no seu interior, criava um ambiente mais aconchegante(?!) ao mesmo tempo em que relembrava as condições insalubres da idade média. Apesar disso, era eficaz na proteção do seu rei. Imponente, virou, com a presença de mais uns amigos, fonte de esconderijo para as brincadeiras diversas.
   Mas os anos foram passando e parte de sua grandiosidade foi se perdendo. Sua altura já não intimidava mais. As suas armas perderam seu poderio diante do desinteresse desenvolvido pelo crescimento. O castelo, enfim, tornara-se obsoleto e uma ruína, que antigos, quando o vê, relembram dos seus momentos de glória. Mas assim como as construções reais, há a restauração. Outros pequenos vão descobrindo e herdando o brinquedo arquitetônico que, em tijolo por tijolo, construiu minha infância.

                                              http://creativecommons.org/licenses/by/2.5/deed.en

domingo, 3 de julho de 2011

A campanha.

   A fome era grande - não comera direito na véspera- então não esperou muito para se servir. Esperava poder encher a barriga se entupindo com qualquer prato servido no buffet. Surpreende-se com a variedades de legumes refogados, ao azeite, grelhados e uma infinidade de frios e pratos quentes. Nada extraordinário se não fosse pelo fato de todas as comidas causarem atração. Por causa disso, torna-se obrigatório retornar a mesa sem ter explorado mais do que um terço da comida disponível.
   O prato, debaixo da montanha de comida, fez-se perdido na infinidade de cores e cheiros que enchem os olhos e narinas de uma embriaguez absurda, tornando difícil esconder o sorriso. A vontade de comer em uma única garfada, só evidencia a dúvida que paira no ar: "Por onde começo?". Some aos poucos a abobrinha grelhada, o parma, a berinjela, o risoto, os redondos (tomates e queijinhos), os retangulares (sashimis), os compridos, curtos, e tantos outros de todas as formas e texturas dentro do minúsculo prato(?!) em que se encontravam.
   Retorna ao buffet com a expectativa potencializada pela experiência anterior. Novo montante que, desta vez, incluem carpaccios variados, mix de cogumelos e uma série de verduras que converteria facilmente qualquer carnívoro convicto a simpatizar com essas folhas! A diversidade de molhos de ervas, tradicionais e misturas incomuns, prontos para serem degustados, faz com que o prato pareça mais uma sopa.
   Outra montanha some do mapa. Culpa do ser humano, impetuoso e seduzido pelas suas riquezas! Mas ele - talvez - tem o seu limite. A vontade de comer mais se esbarra nas dimensões do estômago. A cabeça se perde nas idéias enquanto saboreia cada bocado. Mais uma expedição, desta vez em direção às massas e carnes, retorna bem sucedida. Carne suculenta e macia, derretem na boca, tornando quase impossível manter os modos e não usar os dentes para separar as proteínas dos ossos. As massas banhadas pelo molho branco, saboroso e consistente, tiram todas as dúvidas sobre sua saciedade.
   Respira-se, com dificuldade, fadigado pelo enorme esforço consumido. Ainda busca repetir pequenos bocados e curtir mais um pouco. Acabam-se as investidas, os movimentos. A boca, antes afogada pela saliva abundante, agora se recupera de uma ressaca de sabores. É preciso levantar e entregar o território.  Mas não antes de gravar na cabeça a rota, para que, em um futuro próximo, a aventura se repita.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O paletó.

                                                               ...

   A noite passada não foi das melhores. P. sabia que seus planos foram comprometidos pelas dúvidas que assolaram suas decisões. Escolhia um caminho e tão logo queria voltar atrás. Pra que lado prosseguiria? Deveria ir ou não? Ponderava tanto que a balança não aguentava mais o peso dos argumentos. O conflito mental que sofria era tanto que P. esquecera de se alimentar. Restava em seu quarto apenas uma garrafa amanhecida de uma bebida que entornara parcialmente, e que agora molhava os lábios em goles pequenos. Seus cabelos ensebados denunciavam o péssimo estado higiênico em que se encontrava. Sem - Argh! - os dentes escovados, permanecia sentado ao lado da janela, olhando vagamente para o ambiente em que se encontrava.
   Subitamente, em mais um de seus prováveis delírios, P. decide se levantar. Tudo que aconteceu, já se foi. Talvez não do jeito que queria. E qual o problema? Porque deveria ficar estagnado por uma decisão alheia? Já não bastasse tantos problemas que a vida já lhe impôs? E deveria P., deixar que isso ocultasse toda a alegria que já viveu?  Nunca!
   O quarto, que fora vítima da fúria de P., ainda via suas paredes sangrando a aguardente dos copos arremessados, sentia o odor nauseante do gorfo que ainda ganhava território nos arredores do banheiro e de tantos outros pormenores que não seriam agradáveis mostrar. Todavia, pendurado numa arara, estava a única peça intacta, que P. tratou de alcançá-la e vestir. Um terno básico, mas elegante, que o acompanharia nesta noite e de outras tantas para esse jogo que revira sua cabeça.

                                                                     ...

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terça-feira, 31 de maio de 2011

O Terno

                                                             ...                                    

Depois de tanto nervosismo, P. senta na mesa. Era necessário que pagasse a entrada mínima, de cinco mil. Retira, distraído, o valor do bolso e entra no jogo.  Seu pensamento confuso e oblíquo, confundia-o e aos outros da mesa. Disputava o prêmio maior com profissionais. Pessoas com chapéus de caubói e óculos escuros, cada um com sua mania; superstições que nenhum outro entenderia. O jogo, era complicado.
   Seu comportamento conservador aliado aos pensamentos amorosos que o perturbavam resumiam numa sequência de desistências, demonstrando claramente aos adversários uma fragilidade emocional que dariam-lhes vantagem nas rodadas. P. não conseguia raciocinar. Sabia que a partida resumiria todas as idéias que concentrava na cabeça. precisava de foco. Porém seu receio e sua concentração resultaram jogos de fáceis blefes a seu favor, em pesadas perdas diante do identificável rosto de um sem cartas. O nervosismo se superara diante de seguidos drinques que tomara, tomando forças para continuar.
   A partida prosseguira com o nosso protagonista se mantendo, surpreendentemente, ainda com os pensamentos no ar, ainda com o jogo na mesa. Torna-se incrível quando restam somente ele e mais um adversário, encarando tantos ventos contra sua pessoa. A mão seguinte, é crucial, pois ambos possuem o mesmo montante, se intensifica depois do all-in de ambos. P. com o par menor nas mãos e seu adversário com as duas maiores cartas do baralho, esperam o dealer abrir as cartas. Neste momento, P. avista uma mulher, a bela mulher que o encarara e aguardara desde o início do jogo e que ficara escondida em meio a tantas circunstâncias inexplicáveis. P. descontrolado perde toda a razão e a tensão do jogo, levanta, abdicando de todo o dinheiro na mesa, seguindo o encanto e esquecendo da rodada, sem levar em conta de que abrira na mesa, a trinca vencedora.

                                                           ...

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

O esforço.

   Sob passos pequenos e irregulares, o movimento. A respiração é pesada. A noite fria contraria o calor provocado pela longa caminhada. Uma gama de estrelas completam o céu de uma maneira há muito tempo esquecida pelas cidades grandes. Seus brilhos são ofuscados pelos postes de luz, como um baú escondendo seu tesouro.
   A brisa gelada tomam conta da cidade, já em sua maioria no conforto de seus lares, desacelerando do dia corrido e cansativo. Os carros seguem em direção de suas casas num rodar arrastado, vencido por mais um dia de corrida. As dezenas ou centenas de cavalos que galopavam num ímpeto desnecessário - pelas leis do trânsito - à tarde, agora trotam como se estivessem puxando vagões cheios. E estavam cheios.
   Mas a noite não para; avança junto com os corredores em véspera de competição. Pessoas que encontram energia para a corrida noturna, a caminhada acompanhada de uma conversa leve e solta, e que esquecem totalmente dos fardos que lhes foram impostos.
   A mente já não responde aos estímulos. O equilíbrio, debilitado. Os ouvidos tentam escutar mas só há silêncio acompanhado de zumbidos. Mãos e olhos vasculham o quarto atrapalhados. Mas encontram. Sem - desta vez - vacilar, deitam-se. O cansaço impede qualquer pensamento senão do conforto do tão sonhado descanso.
  

domingo, 20 de março de 2011

Sapatos

   Limpos e novos, esbanjam beleza e valor do seu dono. Tudo é novidade. Desde as coisas ao seu redor até sua existência. Aos mais íntimos, é o centro das atenções. Fazem de qualquer açãozinha motivo de conversa. Com o tempo, os sapatos caminham mais longe, por mais tempo, indo a lugares nunca vistos, passando por cruzamentos, faróis verdes e vermelhos, indo pra esquerda ou para a direita. Expedição rumo ao desconhecido.
   Tão logo as novidades surgem as responsabilidades também. Agora, são sapatos mais sérios, pisando em salas monótonas e impessoais. Escutam grandes discursos, aprendem com as lições e veja só: até que valeu a pena aprender alguma coisa. Já me olham de outro jeito.
   É festa! Ficam perfumados e bonitos rumo à noite! Parceiros de longa data se juntam rumo à caça, aos prazeres, à farra. Sabem dançar, gingar, ou simplesmente num vai e vem da música. Conhecem "sapatas" e sandálias, e uau! Diante delas os cadarços se desenrolam, começam a andar torto, mas a batalha continua e após alguns nãos, finalmente se alinham, entrecruzando numa perfeita sintonia.
    Na noite, manhã ou tarde,de volta pra casa, caminham em passos lentos e pesados, carregando o dia passado. Mal conseguem andar. Pedem para voltar à sua estante e descansar. Desgastados, surrados, os sapatos,  refletem a intensidade do ritmo de seus passos.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O trem.

   Portas se abrem. Portas se fecham. Uma manada de figuras se amontoam rumo ao seu destino. Um barrigudo bigodudo balanceia no ritmo do trem e fazendo outros dançar no seu.  O celular toca. "Alô? Oi, tudo bem? tudo também. O que me conta?". Erro. O que você nos conta? Ouvidos atentos escutavam a nova fofoca; o negócio fechado; o papo pro ar. Sem culpa.
   Calor. E que calor! Suor, escorrendo, molhando seu corpo e suas roupas. O ar viciado nos deixam doidões; loucos por uma brisa. Briga pra se meter na corrente que nos alivia e reconforta. A composição ganha contornos insalubres para a vida humana. Os toques, as respirações despropositais que nos envolvem se intensificam a medida que a composição se move. Um jovem, distraído com fones e  nas suas músicas altas, pouco se importava com o suor contornando seu rosto.
   Portas se abrem. Portas se fecham. Mais pessoas nessa lata; nesse forno. De repente, uma bela mulher entra. Ah, calor! E que calor! Olhares até então perdidos passam a se concentrar nela. Ogros, empresários e tolos; todos bobos. Senhoras, moças e namoradas; ai, que exibida. Subitamente, freios acionados e problemas anunciados. Resmungos e caretas aparecem nos passageiros. Aos bem humorados, sorrisos e uma reclamaçãozinha para a pessoa do lado e a cena continua.
   A paisagem muda, os pensamentos voam. Caras tristes e felizes se misturam. Não se sabe se estão indo ou voltando. Louras, negras, brancos e morenos. A trabalho ou a passeio. De longe ou de perto. Vão demorar ou não. A grande massa se move rumo ao seu destino, dispersos; distantes. Portas se abrem. Portas se fecham.
 

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A batalha.

 
   De um singelo sinal, se esboça em seu consciente inúmeras dúvidas. "Mas, será?"; "Tem jeito?".  Quando percebemos, já estamos presos em sua grandiosa e infalível armadilha. Lutamos bravamente relutante às suas imposições, mas independentemente das circunstâncias ficamos alheio às suas ordens, como marionetes manipuladas. Tentamos entender, compreender suas razões, seus argumentos, mas torna se uma árdua tarefa dar um simples passo nesse campo de guerra.
   Em um segundo momento, o invencível inimigo ganha contornos mais definidos, intensos. Armas à postos, cautela e atenção para seus movimentos que já não mais lhe ameaçam, mas confundem, nos acuando do jeito que a natureza impôs quando encaramos o misterioso. Queremos apreender a cada instante, os seus mínimos detalhes.
   No ato final, paz. Permitiu-se que as ações perdessem seu sentido e que a serenidade tomassem conta de si. A luta, as disputas, foram meramente complicações para uma batalha vencida. E afinal, foi tão difícil perceber que seu adversário somente queria seu bem?


  Feliz dia de São Valentim (Atrasado!).

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Uma partida de futebol.

Uma memória.

  Arrancabaço x Opus 6

  Hoje, 15/08/2010, às 10h da manhã, o time da República Arrancabaço defendeu suas cores em mais uma partida válida para a
 1º rodada do campeonato Inter-REP de Guará. Cerca de 57 torcedores vieram prestigiar os times esperando altas emoções.


  O jogo:
 
  E vão saindo do vestiário a equipe da Arrancabaço! Saem em fileira vibrando, Shoijinho; Macaulin, Samsung; Paraíso, Manjuba; e o reserva Caverna.
  A partida começou bem movimentada com ambos os time errando todos os passes. Devido à falta de qualidade técnica e de
reservas no banco, A Rep. Arrancabaço concentrou suas jogadas nos contra-ataques e lançamentos diretos para a nossa
referência de área, o Manjuba. A Opus 6 pressionava e, valentemente, a Arranca se defendia como podia, com direito a furadas
para cada defensor no primeiro tempo.

  Sete minutos de jogo e era visível a má forma física dos jogadores. O goleiro Enxerto executava milagres, bem como todos
os jogadores da linha. Em um lance de sorte, o ala da Opus 6 colocou a bola no cantinho do gol sem chances para o goleiro.
A pressão do adversário continuou e o resultado ficou pior para a Arrancabaço. 2x0.

  Cansado, Samsung sai de cena para dar lugar ao grande Caverna. Em seu primeiro lance na sua área, ele cortou o marcador
deixando-o desconcertado. Enquanto o resto do time e a torcida gritavam para ele tocar, o Caverna esperou o marcador se recompor
para cortá-lo novamente, deixando todos surpresos com tal lance. Inesperadamente ele faez o lançamento perfeito para Manjuba,
que com sua ginga, gira sobre a sua marcação e chuta cruzado marcando o tento, levando a torcida à euforia.

  Em lances ocasionais, os contra-ataques da Arranca surgem efeito. Manjuba, pela esquerda avança rapidamente e chuta cruzado.
O goleiro defende e a bola bate no travessão. Quando todos lamentam o lance, surge uma nova chance. Samsung acompanha a
jogada e, com a bola no ar, tenta um voleio. A falta de qualidade técnica, entretanto, o impediu de concluir o lance.
Macaulin, até então cubrindo a defesa, se arriscou no ataque. Em outro lance pela esquerda, ele saiu sozinho e chutou um petardo
sem chances para o goleiro. O dia não estava bom para nós e a bola bate na quina direita do arqueiro e vai pra fora para
desespero da torcida.
 
 A Opus 6 pede tempo técnico, desnorteada com o lance. Paraíso com suas palavras acredita na vitória e motiva a todos.
 Voltando à partida, Um fatal contra-ataque da Opus 6 deixou o placar mais elástico. O primeiro tempo termina sem mais emoções.

  O segundo tempo a República Arrancabaço volta melhor e não cede para o adversário, marcando em meio campo, individualmente e do jeito
que dava. A zaga finalmente se acertara. Conseguiram marcar bem, mas não tocar. A pressão da Opus 6 e o cansaço dos jogadores
impediam que o jogo ganhasse emoção. Por dez minutos o placar se manteve. Até que em um lance de contra-ataque, a Opus novamente
marcou. Paraíso e Manjuba tentavam como podiam dominar a bola no ataque e chutar.

  Esgotados, a defesa novamente deu espaço para os adversários concluírem para o gol. 5x1. Parada técnica. Enquanto recupe-
ravam folêgo, Paraíso insistia que dava para a Arrancabaço. Voltando para o jogo, o time manteve a sua postura, lutando como
pôde. O time mostrava raça aonde não tinha técnica e o goleiro executando várias defesas à queima roupa.

  Quando a torcida já achava que a Arrancabaço iria tomar mais uma sacolada, o inesperado acontece. O Goleiro (enxerto) Shoijinho
pega a bola e chuta com força e a bola viaja o campo inteiro e entra no ângulo do gol adversário. A torcida e o time se
exaltam diante do belo lance. Sob gritos de 'gol de goleiro vale por dois', O time passa a pressionar o que não pressionou
no jogo todo. Mas o placar se manteve. Final: Arrancabaço 2 x 5 Opus 6.

    

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Faculdade.

  Agora é que a sua vida começa. Se você pensa que fazer a faculdade e ir para as festas ficar louco já é motivo de orgulho, está enganado. Ser um universitário é além de simplesmente estudar ou ir encher a cara nas festas.
   Um autêntico universitário fica bêbado e 'causa' em todas as ocasiões, sejam festas, rolês; Responde a chamada e sai pra um churrasco em alguma república; Mata a aula pra jogar video-game ou pra ficar assistindo TV; Deixa pra última hora trabalhos que valem a nota do semestre; Ri de episódios engraçados envolvendo alunos e contribui com um capítulo próprio; Canta as músicas da facul numa cervejada até o vizinho reclamar do barulho; Vibra junto com o seu time a cada gol que consegue fazer; Pega as mulheres (ou homens) mais feias sem titubear; Abraça a faculdade e todas as circunstâncias envolvidas com força (a faculdade nem tanto!) e amor.
     Você pode escolher fazer tudo isso. Também pode optar por fazer nenhuma delas. Cabe a você decidir o que você quer. Faça da sua vida universitária uma história legal de ser contada.

  P.s: É somente uma pequena adaptação de um texto MEU (seus invejosos! ashudaeah)! Para outros, substitua universitário por feguiano

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Semeios!

   Um pensamento viaja pela imaginação, obtendo diferentes expressões, manifestando as mais diversas sensações de acordo com o seu dono. Numa confusão, frenética e irracional, ela brinca com sua cabeça, como se fossem as bolhas que as crianças tentam alcançar. Bolhas essas que explodem e perdem seu conteúdo, sua forma, e terminam como, somente, uma distração. Vazias, desconexas como parte de um quebra-cabeça, se permite criar seu contorno à vontade de seu querer.
   Como um antigo professor citara, as idéias são como janelas sendo abertas, uma seguida da outra, até se perder da origem, em uma digressão infinita. Permite-se ir, voltar, virar, girar ou qualquer ar, sem medo de erros, pois cada traçado é único, incopiável. Sem meios de explicar esse desvaneio!